Malévola | Mistura de sentimentos
Há dois anos, mais precisamente junho de 2012, eu fiz uma
viagem à Inglaterra. Lá, descobri, por acaso, que a minha musa, a atriz
Angelina Jolie, tinha acabado de iniciar as gravações do seu mais novo filme, Maleficent,
Malévola no Brasil.
Como estava visitando um primo, em Londres, pedi a ele para
que me levasse até o set de filmagem, que estava alocado no Bulstrode Park, em Buckinghams,
na Inglaterra, ao lado de Londres.
A sensação de estar lá foi incrível. Estar, a menos de 50 metros do set de filmagem de um filme da Disney, ainda mais com minha musa, foi
indescritível.
Durante dois anos, minha ansiedade não parava de aumentar,
ainda mais com cada trailer, cartaz ou foto oficial do filme. Tudo o que mais
queria era assistir à releitura de A Bela Adormecida, e, claro, na estreia.
Quinta-feira, dia 29 de maio de 2014, dois dias depois do meu aniversário. Lá estava eu, acompanhando
de um casal de primos, na estreia de Malévola, numa sala que não era 3D e
também não tinha grande capacidade para muitas pessoas. O espaço era
relativamente pequeno, porque, a maiorias dos filmes que saem por aqui, em São
José do Rio Preto, São Paulo, são dublados. Ainda mais sendo da Disney.
O cinema cheio, parte das pessoas ansiosas, iguais a mim. Minha
expectativa estava tão elevada que mal conseguia conversar com meus primos. Os
minutos demoravam a passar. Até que, finalmente, após os trailers, a releitura começa. Logo de cara, comecei a ter a impressão de conhecia tudo o que estava
na tela, isso porque tenho a triste mania de ficar fuçando na internet cenas
inéditas ou o famoso “por trás das cenas” dos filme da Angelina. E é onde
acabo me frustando um pouco. A maioria das cenas da personagem principal,
Malévola, eu já tinha visto. É como se eu não conseguisse ver nenhum tipo de
novidade na tela.
Depois de aproximadamente 90 minutos na sala de cinema, o
filme termina. Minha única reação foi ficar em silêncio, até porque, um dia
antes, acompanhei, via Instragam, a estreia mundial de Malévola, e um fã postou
o fim do filme. Ou seja, até o fim eu já tinha visto.
Angelina Jolie estava deslumbrante na pele de Malévolva,
porém, como um todo, a primeira impressão é de que não superou minhas expectativas. Sai um pouco
frustado do cinema.
Eu, como fã, não podia sentir aquilo. Então, decidi ir
novamente ao cinema. Mas, desta vez, com um grupo de amigos que também gostam
do trabalho da Angelina. A energia antes do filme era tão grande, que isso foi
passando para mim. De repente, quando chegamos ao cinema, a sala reservada para
o filme era a Macro 3D, com capacidade média para 350 pessoas. Coloquei meus
óculos 3D e tentei assistir ao filme tendo uma coisa em mente: é um filme da
Disney, onde, certamente, as pessoas vão encontrar, príncipes, princesas,
fadinhas e, claro, uma vilã. Então, não há porque ser crítico. A ideia em si
era ficar entretido. E o filme, com classe, fez isso muito bem.
Nada com o um bom filme, acompanhado de um bom áudio visual.
Fui bomarbeado por belíssimas imagens, acompanhadas da tecnologia 3D e um áudio
impecável, totalmente digital. Fora a reação das pessoas ao ver o bebê na tela
numa onda de: “ownnnn”, “que linda”, etc. Ou ao ver Angelina: "Nossa, que linda". "Esse papel de má é feito com maestria pela Jolie".
O filme terminou e só ouvi bons comentários. A primeira
coisa que meus amigos me disseram quando o filme terminou, foi: “Lucas, você é
muito crítico. O filme é lindo, tem uma bela mensagem. É excelente”.
Esse comentário foi aliviador e me deixou feliz. Ouvir isso de um amigo,
naquele momento, foi muito bom.
Deixando o lado fã de lado, já que se a Angelina fizer um
filme fazendo necessidades eu vou achar ótimo, Malévola cumpriu seu papel de
entreter. E conseguiu, com graça e beleza, trazer à tela uma boa releitura de A
Bela Adormecida, de 1959. Parte do filme ficou muito fiel ao original. Com
exceção, claro, da parte que explica o porquê a vilã ficar má.
Isso deixa claro para mim que, aconteça o que acontecer, a
primeira imagem nem sempre é a que deve ficar. Se for necessário, fique com a
segunda, terceira, quarta...
Fique com a imagem que você sente que deve ficar, que nem sempre é a imagem que tem de ser deixada.
Fique com a imagem que você sente que deve ficar, que nem sempre é a imagem que tem de ser deixada.
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